Revista TH Fevereiro Março 2018
A Revista Oficial da Terapia Holística • 15 Através do autoconhecimento, o Ser humano tende a satisfazer razoavelmente as suas necessidades. E aprende a se relacionar com os outros experenciando o agir de acordo com as regras estabelecidas pelo contexto de um determinado meio social, acreditando que o outro também agirá conforme tais regras, ou seja, observando o princípio da confiança. O princípio da confiança visa organizar as mudanças e as restrições contraditórias a fim de que o Ser humano saiba o que esperar do outro, sendo geralmente observável nas situações em que há sucessão de condutas com existência de nexo de dependência, ou não. Entretanto, o sentimento de desconfiança não é necessariamente certo ou errado. As emoções e os sentimentos são tão ligados ao conjunto de crenças e à estrutura do pensamento que não podem ser separados deles. (MUSIC ,2005). O clima de confiança positivo nasce da avaliação que fazemos do outro ou de um grupo de pessoas com as quais nos relacionamos, procurando nos espelhar ou igualar o máximo possível dentro do contexto. É importante que o Terapeuta e o Cliente estejam dispostos para agir em conformidade com a confiança, com seus conhecimentos, suas crenças e suas motivações importantes. As crenças que temos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo tem um grande impacto sobre a qualidade da nossa experiência. Em geral, estão ancoradas em uma das três formas seguintes: significado das coisas, causas dos acontecimentos e geração de valores e critérios. (O’CONNOR e SEYMOUR,1990). Em outro giro, a solidão geralmente chega acompanhada de um sentimento de que a pessoa está sozinha e não confiante em si. Contudo, quando do momento da tomada de decisão, se a pessoa estiver sozinha, deverá confiar em si, pois mesmo cercada de várias pessoas, nenhuma delas poderá ajudá-la a executar uma ação específica. Estar sozinho é qualquer estado de isolamento dos outros por não admitir opiniões divergentes das suas ou posições de grandeza na qual a presença dos outros não é bem-vinda ou até mesmo dispensável. A pessoa solitária geralmente se sente incapaz de iniciar qualquer solução efetiva para o seu “vazio” e espera passivamente que o mundo lhe dê o que ela precisa. Geralmente declara ao mundo que “teria muito para dar” se encontrasse a “pessoa certa” que a apreciasse (GREENWALD,1973). O vazio, a solidão e a insatisfação pessoal podemvir da não aceitação de si, o que pode levar à sublimação (LUCAS,2005). As s im, o Terapeuta deve procurar compreender as prováveis manifestações defensivas do cliente da forma mais profunda possível. Elas podem se exprimir sob forma de repulsa, impressão de estar sendo envolvido em algo insignificante, ou sensação de ser ridículo. É mais importante compreender e esclarecer do que eliminar.
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